sexta-feira, 22 de junho de 2007

MEU RELATO DE ONTEM A NOITE:


Fui para a faculdade em torno das 17:30h., li um texto e fui para a cantina. Eram 18:30, a cantina fecha, tudo fecha... biblioteca, laboratórios, faculdade. Fui até a portaria para saber o que estava acontecendo, me responderam: "Foram ordens da diretoria".

Então vou embora né. Ao chegar próximo da saída vejo carros da polícia, o vice-diretor e alguns alunos discutindo com o mesmo. Porque? Porque o vice mandou fechar a faculdade em um dia letivo, e impedir a entrada dos estudantes. Seria isso normal se minha Universidade não fosse PÚBLICA, se os estudantes estivessem realmente planejando algum "ATAQUE" ao patrimônio.. mas não. A faculdade foi fechada por causa de FOFOCA... De fatos que nem nós estudantes tínhamos informações.

O que eu senti?

Senti uma angústia, uma dor no peito, uma vontade de chorar.

Porque?

Bem, porque eu já estava meio balançada com o fato ocorrido na madrugada de terça para quarta-feira, no qual a tropa de choque invadiu a faculdade e levou 120 estudantes que estavam em um plenária tentando decidir o rumo da Greve. Estavam pacificamente dentro da faculdade, não planejavam nada de extremo, nada contra ninguém. Mas sim, procuravam uma solução.

Odeio admitir isso, mas me sinto na ditadura em que eu lia nos livros de história do Brasil, na qual o estudantes não podiam falar, nem lutar por seus direitos.

Sinto-me calada.

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Para acalmar os ânimos, hoje vou ao show do Teatro Mágico. Estou precisando de magia, de teatro, de música e de sentimentos bons.

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A PEDRA MAIS ALTA


Me resolvi por subir na pedra mais alta
Pra te enxergar sorrindo da pedra mais alta
Contemplar teu ar, teu movimento, teu canto
Olhos feito pérola, cabelo feito manto

Sereia bonita sentada na pedra mais alta
To pensando em me jogar de cima da pedra mais alta
Vou mergulhar, talvez bater cabeça no fundo
Vou dar braçadas remar todos mares do mundo

O medo fica maior de cima da pedra mais alta
Sou tão pequenininho de cima da pedra mais alta
Me pareço conchinha ou será que conchinha acha que sou eu?
Tudo fica confuso de cima da pedra mais alta

Quero deitar na tua escama
Teu colo confessionário
De cima da pedra não se fala em horário
Bem sei da tua dificuldade na terra
Farei o possível pra morar contigo na pedra

Sereia bonita descansa teus braços em mim
Não quero tua poesia teu tesouro escondido
Deixa a onda levar todo esboço de idéia de fim
Defina comigo o traçado do nosso sentido

Quero teu sonho visível da pedra mais alta
Quero gotas pequenas molhando a pedra mais alta
Quero a música rara o som doce choroso da flauta
Quero você inteira e minha metade de volta
(Fernando Anitelli - O Teatro Mágico)

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