sexta-feira, 28 de março de 2008

Não passou

Passou?
Minúsculas eternidades
deglutidas por mínimos relógios
ressoam na mente cavernosa.


Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
A mão- a tua mão, nossas mãos-
rugosas, têm o antigo calor
de quando éramos vivos. Éramos?


Hoje somos mais vivos do que nunca.
Mentira, estarmos sós.
Nada, que eu sinta, passa realmente.
É tudo ilusão de ter passado.


Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

Unknown disse...

Lana!

Feliz escolha, foi bonito de se ler. A poesia é um mundo de sonho onde eu gosto de voar, paralelo à fantasia.

Boa semana.

Eu regresso.

Bjnhs

ZezinhoMota


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